CLICK – Rede de conhecimento e informação
Projeto que visa fomentar o “click”, expressão que carrega o significado do despertar para um mundo de possibilidades, às pessoas que moram na comunidade do Piscinão de Ramos, localizado no Complexo da Maré. A proposta é fazer com que os residentes do local tenham contato com realidades além das que lhes são propostas, através de instrumentos educativos, como palestras, oficinas e workshops, trazendo conhecimentos e informações. Sendo assim, essas pessoas poderão ter uma gama maior de possibilidades, entendendo o quão importante é a participação delas para a sociedade. Esses cursos terão uma linguagem popular, com o objetivo de agregar conhecimento e informação sobre diversos assuntos, que serão escolhidos pela própria comunidade através da aplicação de questionários sociais, de acordo com os seus interesses e curiosidades mais recorrentes.
- Desenvolvimento de projetos
- Não
- Problema Social que ele pretende resolver
- Pretende desfazer o pensamento de que as pessoas na favela não se esforçam o suficiente para melhorarem de vida, já que possuem acesso fácil à informação e conhecimento por causa da internet. O problema social que tem a intenção de resolver é a disseminação da educação através da cultura para a população mais pobre da cidade.
- Como funciona o seu negócio
- Através do levantamento das principais necessidades e dificuldades de comunicação, realizando cursos que serão facilitadores da sabedoria popular do local - os conhecimentos adquiridos por eles ao longo da vida. Há a intenção de encontrar um canal de comunicação em comum, onde seja possível uma abrangência que inclua tanto a população jovem quanto a população idosa, trazendo assuntos que poderão ser de debate individual - separado por faixa etária, e em comum, com a finalidade de auxiliar a relação entre pessoas. Disseminar conteúdo através da cultura, propondo debates que aconteçam em conjunto com materiais artísticos - facilitador e atrativo para a conversa entre os moradores que possam se mostrar mais resistentes ou desinteressados. Além disso, propõe-se a criação de uma agenda da Maré, incluindo todas as atividades já existentes num menor raio de atuação – o do Piscinão de Ramos e num raio maior – de todas as comunidades do Complexo, para que haja integração entre todas iniciativas
- Como é o modelo de sustentabilidade financeira do seu negócio?
- As receitas podem ser adquiridas através da aplicação dos mesmos cursos para pessoas de fora da favela - que podem pagar por eles e que paguem sabendo que o preço que elas estão pagando, auxiliará uma pessoa que não pode pagar e que mora numa favela, a ter o mesmo curso. Os principais custos serão os locais a serem realizados as atividades - oficinas, cursos e palestras e as despesas dos professores/palestrantes com o deslocamento/materiais necessários para realização das atividades.
- Viabilidade financiera
- O principal destaque é para o fato de que quem colabora com o projeto são amigos feitos através dessa rede de conhecimento e informação - são pessoas com o conteúdo, tanto de vida, quanto acadêmico, e que desejam repassar, compartilhar e distribuir com as demais pessoas. É a aplicação do que aprenderam para a sociedade, numa forma voluntária e com o objetivo de diminuir as desigualdades e aumentar o acesso à educação. É viável financeiramente por ter os custos bem reduzidos (a princípio, só com os materiais para realização das atividades), principalmente por se tratar de propriedade intelectual individual que almeja se tornar coletiva através do compartilhamento.
- Riscos
- O principal risco é de enfraquecimento da rede e dispersão dos colaboradores por causa das dificuldades que podem vir a surgir durante a implementação do projeto. Além do receio de não ser abraçado pela população local, que pode considerar não urgente ou não importante o suficiente, já que possuem um triste histórico de negligência da sociedade, que faz com que o pobre acredite que educação e cultura não são coisas que os pertencem e não oferecem a eles (pelo menos não qualidade suficiente).
- Equipe
- Nathalie Noelle, franco-brasileira e estudante do curso de Letras- francês na UFRJ; Caroline Sathler, estudante do curso de Enfermagem da UFRJ e bolsista PIBIC; Rogério Maués, Arquiteto e Urbanista formado pela UFPA e pesquisador de habitação em favelas; Graziela Telles, Arquiteta e Urbanista formada na UFRJ e pós graduada em sustentabilidade de projetos de arquitetura, design e urbanismo; Bruno Lopes e Lucas Zampieri, Autodidatas, criativos vidrados em Branding, produtores e empreendedores.
- Escalada
- A questão da comunidade que vai ser aplicado e a necessidade de ter alguém que mora no local e que entende as dificuldades para que consiga replicar o projeto. Tem que ser algo feito de alguém que mora no lugar para as pessoas do lugar, a visão de fora é bem vinda mas como auxiliar, colaborador, nunca como algo impositivo. O morador tem que se sentir parte e pertencente ao projeto para que ele abrace a ideia com maior facilidade.
- Qual seu principal objetivo ao participar do Yunus Challenge?
- Almejo um auxílio de alguém que entende de projetos e atitudes que tem por objetivo mudar o mundo para me dizer se estou na direção certa, o que posso melhorar e qual seria a melhor abordagem para realização do projeto. Além de acreditar que é importante a visibilidade que a participação no Yunus Challenge me daria, principalmente num evento como o Colaboramerica, onde pode ser possível fazer parcerias e encontrar mais pessoas com o perfil parecido do nosso, ou que não seja parecido, mas que queira ajudar as pessoas tanto quanto a gente. Acredito que para ajudar não há um limite, e tudo pode me acrescentar, então decidi tentar uma vaga. Preciso dessa experiência para nos auxiliar a tirar o projeto do papel o quanto antes e sem perder a qualidade.
- Video Pitch
- https://youtu.be/voLTYKCgsuw
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